Quem poderia adivinhar que ao ser contratada para arrumar a casa de um magnata,esse mesmo magnata seria o meu marido,ou melhor,ex-bêbado marido?Tinha vivido durante 2 anos com Marcus Ribeiro,entre o céu e o inferno.Em meio a risos,conversas inteligentes e sexo,muito sexo(maravilhoso,por sinal).Então,vieram as crises de bebedeira,tudo ocasionado ao saber que seu pai não era seu pai.E tudo desmoronou feito um castelo de areia.Inclusive,nosso relacionamento.Resolvi fugir antes que Marcus ficasse tão fora de si,a ponto de partir para agressão.Não que ele tivesse sido violento uma vez sequer comigo,mas movido pelo alto teor de embriaguez tudo podia acontecer.Pulei para trás,quando a porta subitamente se abriu e Marcus em pessoa,me recepcionou.
-Finalmente a sós...de novo.
Ao som daquela potente voz,quis dar meia volta e escapar outra vez.Mas pegando-me de surpresa,Marcus me puxou para dentro de modo decidido e ao mesmo tempo suave,aparentando estar sóbrio e felizmente recuperado.Teria participado das reuniões do AA,as quais havia lhe indicado,tantas vezes.Será?Não quis pensar no quanto estava ainda mais lindo e másculo exceto pela barba por fazer e pelo ar cansado.Teria conseguido evitar a falência da empresa,devido a seus inúmeros atrasos e deslizes?Lógico que sim,caso contrário não teria conseguido adquirir aquela nova cobertura.Porém,aquilo não explicava nada,podia muito bem continuar se afogando em uma maldita garrafa de uísque,com tantos administradores competentes e confiáveis a sua volta.Então,algo do que ele disse,chamou-me atenção.
-Como soube onde me encontrar?
-Já ouviu falar em detetives?Penso que precisamos conversar.
Sobre o que?Sobre as vezes que tentara convencê-lo a largar a bebida,recebendo de volta só gritos para deixá-lo em paz ou simplesmente a fria indiferença?Sobre as noites insones pelas quais havia passado,preocupada com os constantes sumiços dele,provavelmente em um bar,enchendo a cara?Ou ainda,a respeito do sexo bruto daquela última noite,que deixou Marcus arrependido e carrancudo,embora nunca tivesse admitido?
-Não-disse de modo bem ríspido e objetivo.-Já faz 5 anos.Não temos nada a dizer um ao outro.Namoramos e ...fim.
Marcus fechou a porta a chave e voltou-se bem sério.
-Um fim trágico e precoce.
-Não culpe a mim.-rebati,agressiva.
-O culpado fui eu,claro.Tudo o que lhe peço é que me ouça.Vai me ouvir?
Argumentei que estava ali,apenas para trocar de roupa e concluir um serviço,no que ele descartou a ideia,já tendo acertado tudo com a empresa que me contratou.Que intrometido..Então,sem saída,me sentei no sofá a pedido dele.
-Diga de uma vez.-exigi com o coração disparado pelo esforço de conter tantas emoções ao mesmo tempo. Raiva,desconfiança,mágoa,saudade.Saudade de que sua idiota?
Para minha surpresa,Marcus riu,pela primeira vez,um riso fácil,espontâneo,como quando nos conhecemos.
-Sempre foi assim...direta e ...explosiva.
Explosiva eu era na cama ,costumava dizer ele.Mas se pensava que a conversa ia ser na horizontal,descobriria já que não estava a fim.Levantei de súbito e corri em direção a saída.
Tranquilamente,Marcus também se ergueu,batendo no bolso da calça para me lembrar que não tinha escapatória e para o meu horror o flagrei se encaminhando para o bar,o que me deu a certeza de que o miserável ia começar a beber,para variar.
-Venha aqui.
Era uma ordem a qual me vi obedecendo muito a contragosto.
Ele encheu um copo com conhaque,cheirou,podia jurar que o próximo ato seria entornar tudo de uma vez,mas não!Ciente de que eu não parava de olhar,empurrou aquele vício para longe,dizendo.
-Não preciso mais disso...Quero você !
Marcus fez que não notou o meu estado de choque e me beijou.Apesar de todas as evidências de que aquilo era uma loucura,não consegui me conter diante daquela língua tão quente e habilidosa em contato com a minha.Quando subitamente ele me pegou no colo,o enlacei deliberadamente pela cintura,com as pernas.Não adiantava resistir.E mesmo se desse,não queria.A cada passada que Marcus dava em direção a sua suíte,era possível senti-lo cada vez mais pulsante...mais duro,enquanto não parávamos de nos beijar avidamente!Minutos depois,ele abriu uma porta e voltou a fechar,colocando-me na cama,sem demora.
-Prometo que dessa vez,não vou ...machucá-la.Não estou mais... bêbado.
Marcus nunca tinha me machucado,só que naquela ocasião,foi diferente,meio animal.Precisava esclarecer isso.
-Marcus...
-Por favor...te quero nua!
E eu trêmula de emoção,obedeci.Fui tirando meu vestido pela cabeça com certa dificuldade,pois estava nervosa.Entendendo aquilo como um sinal verde,Marcus me ajudou com o restante,puxando minha minúscula calcinha no dente.Marcus enlouqueceu ao me ver toda lisinha,do jeito que gostava.
-Nossa,que delícia.
Ele começou a passar a mão nas minhas coxas,cintura,sugou meus seios um de cada vez e então sentiu com o dedo minha bucetinha já molhada.Me surpreendi com aquela atitude.Marcus não costumava demorar muito nas preliminares,como agora!Ele sentia provavelmente cada contração minha e isso o deixava ainda mais...ereto.Nunca tinha sentido tanto prazer e tanta expectativa de uma só vez.O corpo tremia,as pernas abertas e nesse frenesi todo,queria que Marcus logo desse fim aquele tormento.Só quando me ouviu gemer,melando inevitavelmente sua boca que livrou-se das próprias roupas e veio até mim,soberbo na sua nudez(que pau enorme) e um olhar que revelava tudo o que faria comigo.Olho no olho e um meio sorriso nos lábios ao captar o que eu tinha intenção de fazer.Marcus deitou-se de barriga para cima,a espera!Devorei-o,numa mistura de boca,língua e dedos,fazendo-o se contorcer e urrar repetidas vez o meu nome feito um mantra.A agilidade com que Marcus me tombou no colchão,me deixou imobilizada e assustada,não de medo,até porque era óbvio que Marcus apesar de ser o mesmo,tinha mudado para melhor,porém o susto se devia apenas ao ato em si,pela surpresa do gesto.Pense em um homem imprevisível.Era ele!Logo depois,Marcus levantou minhas pernas e sem aviso me comeu,não com força mas com calculada pressão,seu rosto estava vermelho e quente pelo esforço que fazia de não sucumbir como queria ao desejo.
-Vem...Marcus,depressa!-Cheguei perto do ouvido dele e ainda o provoquei,dizendo que aquilo poderia melhorar.
Marcus delirou e meteu sem dó,puxando meu cabelo,me mordendo,me fazendo ...gozar.Decidi nesse momento aproveitar o aqui e agora.Afinal,como tudo na vida era preciso dar um passo de cada vez!